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Maduro pede apoio de brasileiros em meio à crise

Ditador exibe boné do MST, convoca brasileiros às ruas e vincula mobilização à defesa da “paz e soberania” da Venezuela

Redação
Por: Redação
05/12/2025 às 16h37
Maduro pede apoio de brasileiros em meio à crise
Foto: Reprodução

O ditador venezuelano Nicolás Maduro apelou diretamente ao público brasileiro nesta quinta-feira (4), durante um programa de TV transmitido ao vivo. Segurando um boné do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Maduro pediu que brasileiros “saiam às ruas” para apoiar seu governo no enfrentamento às pressões militares dos Estados Unidos.

“Povo do Brasil, saiam às ruas para apoiar a Venezuela em sua luta pela paz e soberania”, declarou, em portunhol. “Viva a unidade do povo do Brasil, viva a unidade com o povo venezuelano.”

O gesto ocorre no momento mais tenso da relação entre Caracas e Washington em anos, com ataques americanos no Caribe, pressões internas no governo Trump e risco crescente de escalada militar.

 

Convocação pública e recado político ao Brasil

Maduro exibiu o boné do MST diante das câmeras e afirmou que “a vitória pertence aos povos unidos”. O recado reforça a tentativa do regime de mobilizar aliados internacionais enquanto o país enfrenta crescente isolamento diplomático.

O apelo ao Brasil acontece no mesmo dia em que os EUA realizaram um novo ataque contra uma lancha no Pacífico, deixando quatro mortos e elevando para 87 o número de vítimas das operações americanas contra supostos barcos do narcotráfico.

 

EUA ampliam pressão e aliados pedem intervenção

Sob Donald Trump, os Estados Unidos realizam a maior mobilização militar na América Latina em décadas. O republicano afirma conduzir uma “guerra às drogas”, mas integrantes linha-dura do governo, como o secretário de Estado Marco Rubio, defendem abertamente uma intervenção militar destinada a derrubar Maduro.

As forças americanas posicionadas ao redor da Venezuela incluem o porta-aviões USS Gerald Ford, o maior navio de guerra do mundo. Trump também tem sinalizado que pode autorizar ataques diretos a alvos em território venezuelano — o que equivaleria, na prática, a uma declaração de guerra.

 

Conversas entre Trump e Maduro e negociações paralelas

Maduro confirmou nesta semana que conversou com Trump por telefone em 23 de novembro, em diálogo descrito por ele como “cordial e respeitoso”. O presidente venezuelano disse ver na ligação um possível início de “um diálogo Estado a Estado”.

Enquanto isso, setores da Casa Branca discutem alternativas para evitar um conflito direto. Segundo reportagens da imprensa americana, Maduro teria sugerido permitir que os EUA participem de forma mais ampla da indústria de petróleo venezuelana em troca de permanecer no poder.

Apesar de conversas e negociações de bastidores, o clima segue instável — e o apelo de Maduro aos brasileiros reflete a busca por respaldo político em um momento de risco crescente na fronteira venezuelana.

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